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Algumas Poesías de Maria Melo
por MarosarioMartins
(Brasil)
Fecha: 17 septiembre 2005
Escrevendo um texto.
Escrevendo um texto,
Totalmente fora de contexto
Usava o pretexto para não ter
Um Plausível desfecho
Procurava um contexto
Que mesmo fora do texto
Fosse usado como pretexto
Para se ter um desfecho
Achando este contexto
Começou a escrever o texto
Com o simples pretexto
De se obter um desfecho
Livrou-se do pretexto
E escreveu o texto.
Conteste com o contexto
Feliz com o desfecho
Fragilidade ou Poder ?
Sentada no vaso sanitário
Com sua filha de 1 ano nos braços
Agradecia a Deus, porque ela.
Só era chatinha... Mas muito saudável...
Muito lindinha...
Não queria estar com ninguém...
Somente com sua mamãe...
Mãe... Mãe... Chamava a pequenininha...
Mamá mamãe... Mamá mamãe...
Ainda cansada e querendo morrer...
Encontrava naquele chamado...
Forças para viver... Chegava a pensar...
Como é forte esta menina!
E sua voz...Sua voz...
Aquela voz sinfônica...
Tinha a força e o poder...
Da voz do Deus do Céu!
O poder de ressuscitar mortos...
Precisava sentir-se perdoada...
Para alcançar o milagre...
Precisava se perdoar...
Por não ser perfeita...
Não ter todo o poder...
Não ser apenas mãe...Também, ser mulher...
Ter ter seus próprios sonhos e anseios...
Menstruar...(TPM)
Ser fértil...
Engravidar...
Amar...
Chorar...
Cantar...
Ser frágil...
Querer ser forte...
Precisar dormir...
Descansar...
Querer sorrir...
Por ser apenas... Humana...
Ter seu próprio corpo para cuidar...
Querer ter todo o poder...
Querer viver...
Querer morrer...
Morrer por estar cansada...
Estar cansada... Cansada de cansaço...
Não de viver...
Cansada por não ter todo o poder
O poder de não cansar...
O poder de não precisar...
Ser mulher...
Menstruar...
Ser fértil...
Engravidar...
Amar...
Chorar...
Cantar...
Ser frágil...
Dormir...
Descansar...
Sorrir...
Ser humana...
Ter seus próprios sonhos...
Ter um corpo para cuidar...
Não ter todo o poder...
Meu Tempo
No meu tempo, não tenho tempo.
Pra parar pra pensar.
Parei de pensar.
Não tenho tempo para pensar
Em uma vida parada como a minha
O tempo não anda, ele corre... Ele voa.
Sem ao menos sair do lugar.
Não tenho tempo para mim.
Tenho filhos... Casa... Solideiro (Não tenho companheiro)
Estou presa. Com pressa...
Com o tempo voando estático.
Eu não cresço... Envelheço.
Uma morta-viva... Cuidando de crianças...
Cozinhando, pintando e cantando...
Na música encontro vida...
Mas não existe vida sozinha...
O artista tem que ir onde o povo está...
Fazer sorrir... Chorar... Sonhar...
No meu silêncio está a morte...
Sinto-me em um mar de emoções
Entregue a minha própria sorte...
Sorte... Que sorte?
Se má ou boa, eu não sei...
Aliás... Talvez nem tenha sorte...
Escolhi... Pensei que tive tempo suficiente... 32 anos...
Não foi suficiente...
Nem o tempo máximo
De uma vida humana
Dá-nos garantia de uma
Boa escolha...
De novo apelo para a sorte...
Se boa ou má eu não sei...
Talvez si eu começasse...
Por onde o filósofo começou...
Eu tivesse melhor sorte...
“Eu só sei que nada sei”
E o famoso...
“Penso. Logo existo.”
Quando eu tinha tempo,
Para pensar em minha vida...
Eu pensava que sabia...
Mas agora
Que eu não tenho...
Nem sequer...
Tempo para pensar
“Eu só sei que nada sei”
Talvez agora, eu tenha uma
Melhor sorte...E aos 38 anos...
Possa pensar para existir...
E talvez O TODO PODEROSO
SENHOR DE TODOS
OS UNIVERSOS...
Que Tudo pode, si esta for a sua Vontade.
Queira que eu cante... E leve a minha “Vida”
Para o mundo... E que os filhos tenham uma
Mãe Viva-Viva...
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y no se puede utilizar sin su expreso consentimiento.
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